Roda de fazeres, sentires e pensares com as mães do programa Ciranda Brasileira
A casa é do tamanho do mundo; ou melhor, é o mundo.
(Jorge Luis Borges)
O processo criativo é proposto por Nina Veiga, junto das mães e demais responsáveis dos alunos do Programa Ciranda Brasileira, com previsão de intervenção artística no espaço da casa do Instituto de Arte Tear – Pontão de Cultura e Educação. A Roda pretende se compor como um grupo de estudos, pesquisa e experiências junto às artes domésticas, com ênfase nas artes do fio (fiação, tecelagem, tricô, crochê, macramé etc.), além de costura e bordado.
Os exercícios práticos e teóricos e as conversas em grupo atuam como sensibilizadores para a compreensão dos processos implicados em dar sentido à casa na contemporaneidade, como espaço de resistência, como lugar de invenção e produção de subjetividades, como criação de mundos.
A proposta é parte de um projeto* de pesquisa idealizado e executado pela artista, doutora em educação, escritora e educadora Waldorf Nina Veiga, e se subdivide em três platôs, de tempos múltiplos. Este projeto é aberto à participação das interessadas e interessados em acompanhar, pesquisar e aprofundar o trabalho que vem sendo desenvolvido com as mães e responsáveis dos nossos alunos. (saiba mais detalhes ao fim desta matéria)
Informações sobre a vivência
Público-alvo:
Mães e responsáveis dos alunos do Programa Ciranda Brasileira;
Interessadas e interessados na pesquisa com Nina Veiga.
Material:
Lãs, linhas, tecidos e demais materiais a serem reciclados e reaproveitados a partir das sobras de outras atividades do Instituto de Arte Tear.
Datas e duração:
A Roda acontece em encontros mensais, de 3 horas de duração cada, de maio a dezembro de 2017, em uma terça-feira ao mês, das 14h às 16h com as mães e responsáveis (e até às 17h para as/os pesquisadoras/es), no Instituto Tear – Pontão de Cultura e Educação, Rua Pereira Nunes, 138, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ.
1º. Encontro | 23 de maio – As artes do fio e os modos de existir da casa. |
2º. Encontro | 27 de junho – A casa como espaço de resistência e produção de vida. |
3º. Encontro | 18 de julho – As artes domésticas e os gestos da casa. |
4º. Encontro | 22 de agosto – Manualidades e a invenção de si. |
5º. Encontro | 19 de setembro – A casa e o mundo no contemporâneo. |
6º. Encontro | 24 de outubro – Percepção das forças que habitam as artes da casa. |
7º. Encontro | 21 de novembro – O fazer com as mãos e a produção de sentido existencial. |
8º. Encontro | 12 de dezembro – Partilha de encerramento, exposição e devires. |
Sobre Nina Veiga
Ana Lygia Vieira Schil da [Nina] Veiga é doutora em educação, escritora e educadora Waldorf, investigadora das artes-manuais no IELT – Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, da Universidade Nova de Lisboa, em Portugal. Tem oficinas e workshops ministrados em diversos países e no Brasil. Há quase trinta anos, desenvolve peças e instalações em arte do fio e cria brinquedos inspirados no conhecimento antroposófico no Nina Veiga Atelier de Educação, levando em conta a imagem ampliada do ser humano e as necessidades da criança contemporânea.
Valoriza o trabalho das mãos em contato com materiais e concepções que possibilitem a composição de uma ética, de uma estética e uma política que promova a vida de qualidade.
Mestre em Cultura e Linguagem e psicopedagoga artística, doutorou-se pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Universidade de Lisboa. Desenvolve trabalhos de formação pessoal e oferece suporte a artífices e pesquisadores no Brasil e no exterior. Suas oficinas associam o saber teórico-conceitual, o ativismo social pela infância e pelo brincar às artes manuais como modo de existir e à ação de sustentabilidade planetária, tendo a casa como território de pesquisa.
Conheça mais
Currículo Lattes
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*Projeto Completo – Três Platôs
O trabalho acontece simultaneamente em três platôs, de tempos múltiplos, onde os participantes e pesquisadores podem se engajar de maneiras diversas:
- encontros avulsos com ênfase na conversação e na vivência do fazer-manual, onde o participante pode ter um momento de experimentação de técnicas e pensares, sem necessidade de continuidade;
- encontros mensais com ênfase no estudo e na aprendizagem de técnicas artífices, onde o participante acompanha o processo do grupo de modo contínuo;
- encontros mensais com ênfase na pesquisa, na escrita e na proposição de atividades, onde o pesquisador participante pode atuar como co-propositor, parceiro do projeto geral ou desenvolver uma pesquisa independente, afinada ao projeto.
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