Casa Cirandeira – de 2000 a 2007

R. Carmela Dutra, 50 (Tijuca)

A transição entre 2000 e 2002 foi um divisor de águas. O Tear se desdobra em Instituto de arte, modificando sua constituição jurídica, sua gestão e público alvo, Sua destinação passa a ser o desenvolvimento de ações voltadas à garantia de direitos à Educação e Cultura, e ao fortalecimento da Arte /Educação.

fios da memória-ciranda brasileira

Pela primeira vez, O Tear recebe um apoio financeiro vindo da Nestlé, firmando parceria com seu programa de responsabilidade social – O Nutrir, nos desafiando a um novo modelo de projeto, nomeado Ciranda Brasileira. Com a missão de atender 100 adolescentes, divididos por quatro grupos de linguagens integradas entre si:

Brincantes (artes cênicas), Menestréis  (música), Catadores de Histórias (Literatura) e Artecidade (artes visuais).

Por ocasião dos 80 anos da Nestlé no Brasil, coincidindo com os 80 anos da Semana de Arte Moderna de 22, foi nos dados o desafio de compor um espetáculo para ser realizado em novembro de 2002, no Teatro Municipal de São Paulo.

Assim, O Ciranda Brasileira nasce sob o desígnio de saber fazer da arte travessias, caminhos geradores de encontros culturais e de transformação social.

O projeto Ciranda Brasileira virou um programa de formação artístico cultural, se revigorando a partir do Governo Lula, que pelas políticas culturais implantadas, deram novos contornos ao panorama cultural popular brasileiro.

Em 2004, os grupos Menestréis e Brincantes se tornam uma Cia de artes integradas denominada Cia. Cirandeira. Produzem o espetáculo Rua dos Cataventos, inaugurando uma nova vertente tearteira: a de Produção Cultural.

Rua dos Cataventos

Tempo de editais e premiações conquistadas, passando o Tear a ser Ponto de Cultura pelo Minc.

Participação nos Fóruns e Teias Nacionais de Pontos de Cultura fortaleceram e ampliaram as articulações e intercâmbios do Tear com vários outros agentes e instituições culturais do país.

O atendimento às crianças (público prioritário nos anos anteriores), passou a ser feito em escolas públicas (Julia Lopes), Centros de Educação Popular (Estella Maris) e Ongs (CECUCA e PROFEC), com o objetivo de contribuir à implantação e implementação de práticas educativas através da arte nesse espaços.

Num cenário de fortalecimento do dito 3º setor, o Tear também teve uma grande atuação na área de implantação de programas e  formação de voluntariado corporativo de fundações e institutos sociais empresariais, dentre eles, o Instituto C&A, Instituto IBIS, Fundação BUNGE e Nestlé.

A participação em encontros nacionais de voluntários nos levou à criação de uma metodologia própria de oficinas temáticas/espetáculos , testada e com excelentes resultados em várias convenções realizadas.

Destaca-se também o Programa Trançados da Arte Educação em parceria com o Instituto C&A e o Museu da Pessoa, entretecendo formações em Arte Educação para educadores sociais (artecidadania), educadores da rede pública (Semear) e Arteeducadores (SobreArte), complementando com uma pesquisa da Memória da Arte Educação no Brasil pelo olhar de vários artistas e Arte educadores de relevância no campo.

Na área de formação de educadores, outro importante desafio veio da Parceria com a OIT e Save the Children: O projeto Catavento, com o propósito de buscar alternativas educativas efetivas para a erradicação do trabalho infantil, projeto este que coube ao Tear desenvolver  com os professores de 3 escolas da Comunidade da Maré.

A Festa da Rua chega à Paraty em 2004, com o nome de Arte na Praça, com o propósito de mobilizar e envolver crianças, adolescentes e comunidade local na programação da FLIP. Com as instalações dos Pés de Livros (tecnologia literária criada pelo Tear desde 1987), oficinas de arte, contação de histórias e diversas atividades de mediação de Leitura desenvolvidas pela equipe do Tear e por vários artesãos e artistas locais , cria-se, a partir de então, a Flipinha, programação especial para o público infantojuvenil.

A coordenação do Tear no evento Arte na Praça se deu até 2007, quando a comunidade local assumiu a organização.

Marcos políticos culturais relevantes da época:

  • Início da ERA LULA
  • CULTURA VIVA como política de identificação e fortalecimento de Pontos de Culturais do país
  • A Cooperação internacional deixa de atuar no Brasil
  • Auge dos editais para área Cultural e de Assistência e direitos sociais
  • Os apoios, via Investimento social privado, deslocam-se do atendimento direto em ações socioeducativas para programas de incidência em políticas públicas.
  • As Fundações e Institutos sociais criam seus próprios programas

faixa pra baixo

Navegue pelas Casas do Tear:

casa germinadora Casa Aldeia casa rosa do espaço verde
[link id=”739″ text=”1980 a 1994
Casa Germinadora
Rua Artur Menezes , 46 e 48″ target=”_blank” target=”_blank”], (Maracanã)
[link id=”742″ text=”1994 a 2000
Casa Aldeia
Visconde de Itamaraty, 22″ target=”_blank” target=”_blank”],
(Maracanã)
[link id=”752″ text=”2007 até hoje
Casa Rosa do espaço Verde
Rua Pereira Nunes,138″ target=”_blank” target=”_blank”]
(Tijuca)

[link id=”730″ text=”clique aqui para voltar para os Fios da Memória”]