Diário do Quintal – Jasmin

Nos fundos da casa que habita o Tear, é guardado um espaço de cultivo de si e da terra, onde o encantamento da brincadeira faz brotar universos.

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Jasmin

24/03/2016

Numa noite de inverno, no escuro cemitério de Puebla, no México, o Sr. Manga tinha um encontro marcado. Mais cedo, enquanto ia buscar adubo para suas raízes, encontrou a bela flor Jasmim, que caminhava perfumando a cidade.

Marcaram no cemitério porque queriam estar perto do verde da grama e em silêncio para namorar a lua. Após este encontro, muitos outros se sucederam, até que, certo dia, eles se viram escolhendo nomes para sua cria.

A pequena Jasmim-Manga recebeu o nome de Frangipani. Seu aroma puxou da mãe, a cheirosa Jasmim. De seu pai, herdou a verde folhagem – herança de família dos Srs. Mangueira.

Nascida no verão trouxe consigo esta novíssima, belíssima, cheirosississississima nova espécie. E, a partir daí, passou a florescer sempre nesta estação, e também no outono, para que os meses do calendário não sentissem muito sua falta durante o ano.

Bela que só ela,
cansada, se desprendia.
No inverno ou primavera
era quando ela caía.

Ao espiar este belo ciclo,
o moço homem a foi falar
e lhe fez uma proposta
a convidado pra trabalhar.

Jasmim-Manga conseguiu
o cargo de planta ornamental
Viajou para o Havaí,
e lá se fez fundamental

Tornou-se símbolo de boas vindas
pela beleza que espalhava.
Trabalhava no aeroporto
enfeitando quem chegava.

Foi assim que os pais de Frangipani perceberam, com orgulho, que haviam criado algo sem igual. E depois daquele encontro de inverno no cemitério, novas Jasmim-Mangas também nasciam por ali. Gostavam do verde da grama e do silêncio para namorar a lua.

A abelha Mandaçaia.