Diário do Quintal – Romã

Nos fundos da casa que habita o Tear, é guardado um espaço de cultivo de si e da terra, onde o encantamento da brincadeira faz brotar universos.

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 30/07/2015

Há quem diga que no final do ano quando comemos suas sementes, atraímos fartura e dinheiro.

No Dia de Reis, as sementes guardadas na carteira, deixarão o bolso cheio.Importante fonte de alimento desde a Antiguidade, a romã, fruta da romãzeira (Punica granam), é um vegetal cercado de lendas, mistérios e curiosidades.Do Oriente Médio para o resto do mundo, chegou no Brasil com os portugueses e já veio carregada de sementes e histórias.Sua beleza e cor guardam mistérios em romances da mitologia grega, onde simboliza amor e fecundidade, quando oferecida a Deusa Afrodite. Para os judeus simboliza a esperança, já para os árabes e chineses seus frutos medicinais trazem longevidade.
Até o famoso pintor Sandro Botticelli, retrata a romã na mão do menino Jesus como símbolo divino. As crenças que envolvem a romã são muitas, tendo ainda muitos contos e fábulas em torno das suas propriedades místicas.

Além de todos os benefícios oriundos das superstições que envolvem esse vegetal, é comprovado cientificamente o seu poder anti-inflamatório e antioxidante. É um importante antibiótico natural. Rica em potássio, ferro, cálcio e fósforo, sua casca pode ser fervida e usada em gargarejos para infecções na garganta. Existem dois tipos, o vermelho e o amarelo e sua polpa pode ser consumida junto com as centenas de sementes que ficam bem guardadas dentro do fruto.

Lá vem a romã, alimentando de sonhos as diversas civilizações do mundo e encantando o imaginário dos que apreciam essa singela força da natureza aqui no quintal do Tear.

O Jardineiro Beldroega

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