Nos fundos da casa que habita o Tear, é guardado um espaço de cultivo de si e da terra, onde o encantamento da brincadeira faz brotar universos.

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Barquinho dos Sonhos

22/10/2015

Vai barquinho
Ajuda-me a navegar
Com sua vela leve
Me leve para outro mar

Vai barquinho
Ajude-me a sonhar
Sonhar com o vento que bate
Na minha vela a balançar
Vai barquinho

Já estou sonhando
Navegando no mar da imaginação
Jogando palavras ao mar

Foi no mar da imaginação, nesse vasto mar de sonhos que somos, que nos tornam vivos, onde mergulhamos!
Mergulhamos na clareza, na infinitude das águas. A água quando materializada nos permite fluidez, movimento.

A água é embrião, é germinadora. Tem em sua essência o feminino, a força e a maternidade.
Cabe de tudo nesse barco. Cabe tudo que a imaginação deixar.

Como dizia Bachelard, a água dá a vida um impulso inesgotável. Quando nos banhamos de novo no mesmo rio, já não somos iguais, assim é também o rio, que corre e refaz seu caminho e já não é mais o mesmo. A água nos regenera.

A turma de Artes Integradas construiu seus barcos e navegou, navegou, navegou. Conheceu muitos mares, lagos e rios. Sem sair do quintal!
Na foto, estão alguns deles. Foram construídos com elementos encontrados no jardim. Cascas de árvores, gravetos, folhas, coração de bananeira, sementes, conchas, flores…

Eu que andava a procura de alguma erva fresca, acabei embarcando nessa viagem. Ninguém me contou, eu juro que vi! Palavra de jabuti!

Carlota, a Jabuti