Nos fundos da casa que habita o Tear, é guardado um espaço de cultivo de si e da terra, onde o encantamento da brincadeira faz brotar universos.
14/01/2015
Ha algum tempo atrás, no início de uma estação chuvosa, o jardineiro, sentado na terra do jardim, matutava qual semente que, plantada por aquela época, daria frutos mais tarde.
O plantio tem mesmo dessas coisas: tempo bom, estações determinadas, solo de um jeito, tudo bem encaixado e bem pensado pela natureza.
E foi por esses dias chuvosos, que nosso amigo resolveu colocar naquela terra uma promessa de florir, pra que essa pudesse “cumprir o verde prometido” dali uns meses.
Ele então escolheu o caju! Já estava pensando que dali umas outras estações queria colher uma frutinha amarela, docinha e saborosa, além de bem curiosa:
O tal do que pensamos ser o fruto
Chama-se pedúnculo floral.
Quando colhido do pé maduro,
Seu sabor não tem igual.
Seu corpinho, doce e amarelinho,
Que alimenta muito passarinho,
Direitinho nos engana,
Já que seu fruto mesmo
é aquela bela castanha.
Quando assada a sua castanha
Esta já pode ser consumida.
Rica em fibras e proteínas,
A castanha também é vida.
Além de sucos, do mel, da castanha e outros doces,
Seu açúcar pode até
se caramelizar.
Foi daí que saiu um símbolo
um tanto quanto elementar.
É o símbolo das terras
da cidade de Teresina:
É do caju que fazem
a famosa cajuína.
Antes mesmo do descobrimento,
O caju já florescia.
Para os índios, era o alimento,
Que o corpo enriquecia.
Nativo do Brasil,
Pelo mundo foi semear.
Levado pelos portugueses,
Na Ásia e na África
foi também frutificar.
O jardineiro tinha razão
Quando resolveu plantar.
O caju nasceu bonito
Aqui no quintal do Tear.
Carlota, a jabuti