Nos fundos da casa que habita o Tear, é guardado um espaço de cultivo de si e da terra, onde o encantamento da brincadeira faz brotar universos.
Passeio pelo quintal e um cheiro doce me pega no ar
Ando mais um pouco e escorrego em algo molhado
As sementes explodem no chão
E a polpa escorre por entre meu dedos
Olho pra cima e um bem-te-vi anuncia a fome
A cambacica já canta sua digestão
Com licença passarinhada
Que dessa fruta eu também quero
Araçaíba, Araçauaçu, Araçá-guaçu
Guaiaba, Guaiba, Guiaba,
Nomes que dão nome
À fruta do bicho-da-goiaba
Esse bichinho danado
Como vem parar aqui?
Gosta de se embrenhar na polpa
De lá não sai até o fruto cair
Da goiaba, goiabada
Um prazer pra quem tem necessidade de formiga
Vitamina C pra fortalecer
E do broto o chá pra barriga não doer
No quintal do Tear
O chão se enche de goiabas amarelas
Mastigando seu cheiro doce, alcanço um ramo cheio delas
Os bem-te-vis,cambacicas e sabiás
Partem em revoada
Beldroega, o Jardineiro