Nos fundos da casa que habita o Tear, é guardado um espaço de cultivo de si e da terra, onde o encantamento da brincadeira faz brotar universos.
07/01/2016
Tudo que é vivo pulsa de um jeito particular.
O homem tem no peito uma bomba vermelha que transborda quando se fala de amor. Os animais com seus instintos são também inegáveis representantes da intensidade do viver.
E o mato! E as plantas! E as frutas! A natureza, com todo seu poder!
Tudo que é vivo pulsa de um jeito particular.
Essa história conta sobre o vermelho pulsante e o segredo delirante de uma fruta interessante.
Coisa séria é brincadeira, ela brinca mas não engana. Essa história conta sobre o muito belo coração da banana.
É bem ali dentro, no coração da bananeira que acontece o espetáculo, acontece da sua maneira.
Da semente que não se vê,
Em seu estado embrionário
Nascem frutos independentes
Amarelos feito o canário
Penduradas por um cacho
Tem nanica, tem da prata
Tem d’água e tem ouro
Tem beleza o coração
Onde guarda o tesouro
O coração da bananeira
Não bate como o da gente
Mas revela os segredos
Das bananas independentes
No coração da bananeira:
A partenocarpia
Quem já ouviu falar
Do parto da Virgem Maria?
Provedor e protetor
O coração da conta de tudo
Sem nem mesmo fecundação
Surge a banana no mundo
Guardando as flores em seu miolo
O mistério se desvenda
Se abrindo lentamente
A banana ele apresenta
E qual outro nome teria
Esse fruto que da beleza abusa
As bananas fazem parte
Do curioso gênero Musa
Assim, banana musa,
nos faz então lembrar:
Que tudo que é vivo pulsa
de um jeito particular.
Carlota, a Jabuti.
Link dessa página: https://institutotear.org.br/5759