Nos fundos da casa que habita o Tear, é guardado um espaço de cultivo de si e da terra, onde o encantamento da brincadeira faz brotar universos.

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05/09/2015

Você já parou pra observar os matinhos que brotam em lugares inesperados?

Eles estão por toda a parte, desconstruindo a utilidade das calçadas, beiras de ruas e resistindo às condições difíceis de viver entre cimento, poluição e pouco espaço!

Mas esses matinhos são danados. Escondem em suas raízes, folhas e flores muitas propriedades medicinais e alimentícias, e muitas vezes não notamos esses elegantes vegetais ornamentando a entrada das casas, terrenos baldios ou trazendo beleza e simplicidade ao pedaço de concreto.

Alguns falam que é erva daninha, outros chamam de mato, os agrônomos gostam de dizer que são plantas ruderais, enquanto outros deram o nome de PANC’s (Plantas Alimentícias Não-Convencionais).

Esses matinhos estão sendo muito estudados por cientistas, médicos, chefes de cozinha e já são usados há muito tempo por pessoas que não tem muita oferta de comida, ou não tem dinheiro para ir ao mercado!

O que era necessidade ontem, hoje virou até prato de restaurante de luxo! Uma delas foi parar no almoço do Tear. A Emilia!

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Seu nome cientifico é Emilia fosbergii, mas popularmente conhecida como: Serralinha, Emilia, Pincel de estudante, Algodão de Preá…e por ai vai. Eu gostei desse nome, pincel de estudante. Talvez seja por causa de suas flores, que juntas formam um aglomerado vermelho que parece a ponta de um pincel.

Suas folhas são usadas em saladas, cruas ou refogadas e possuem um gosto suave. Na medicina popular o chá é usado para combater gripes, resfriados e dores no corpo.

Os matinhos da horta do Tear são bem vindos. Suas sementes espalhadas pelo vento ou pelos passarinhos, trazem consigo o significado de resistência, força e prosperidade. É desse alimento que precisamos. Do alimento que a própria natureza nos oferece.

As flores de Emilia, foram parar na panela de arroz do nosso incrível almoço.

Nham nham!

O Jardineiro Beldroega

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